Economia
A economia do município está assentada no
setor primário : pecuária e agricultura, onde destacam-se as culturas de soja, milho,
feijão, arroz, cevada e trigo. No setor secundário encontram-se as indústrias de
beneficiamento e transformação de madeira, bem como a indústria de laticínios.
Sociedade
Os primeiros imigrantes dessa região foram
os russos-alemães que tinham como país de origem a Rússia (região do Volga), e
começaram a chegar em 1878. A imigração polonesa verificou-se a partir de 1890 e neste
mesmo ano chegaram os italianos. O município conta atualmente com 30.871 habitantes.
História
Ao longo do histórico e antigo Caminho
Viamão-Sorocaba surgiram núcleos populacionais que mais tarde se transformariam em
cidades, entre os quais, Palmeira.
Era no princípio apenas um pouso de
tropeiros e viajantes, mas em 1833 criou-se a Freguesia, primitivamente conhecida pela
denominação de Freguesia Nova, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. A 3 de
maio de 1869, pela Lei nº 181 foi elevada à categoria de Vila da Palmeira, e a 9 de
Novembro de 1877, de acordo com a Lei nº 238, mereceu os foros de Cidade.
Vale ressaltar a existência da Colônia
Cecília, fundada pelos imigrantes italianos em 1890 na localidade de Santa Bárbara. Lá,
pretendeu-se estabelecer uma sociedade perfeita, onde a liberdade fosse total e os homens
se dignificassem no trabalho e na igualdade. Foi apontada como a primeira experiência
socialista na América do Sul, sendo que hoje não mais existe, porém, seus descendentes
permanecem na localidade.
Geografia
O município encontra-se no Segundo
Planalto Paranaense, na região dos Campos Gerais, com uma altitude média de 864 m e uma
área de aproximadamente 1450 km2. Possui um clima ameno no verão e frio no
inverno, onde a temperatura oscila entre 32,4º C e 0,5º C. Devido a este seu clima
temperado e seco, Palmeira é considerada a "Cidade Clima do Brasil".
Encontra-se a 85 km da capital.
Principais
Atrações
Igreja de Nossa Senhora da Imaculada
Conceição
A primitiva capela dedicada à Padroeira do
Município foi iniciada pouco antes da doação das terras para se formar a Freguesia e,
concluída em 1837, tendo passado por algumas alterações em decorrência de reformas.
Tem como característica arquitetônica, o estilo barroco colonial. Possui em seu acervo
valiosa relíquia: uma imagem da Santa em madeira que pertenceu a esposa do povoador
Mateus Leme, obra do século XVII. Encontra-se na Praça Marechal Floriano Peixoto.
Tel: (042) 252-1293.
Capela do Senhor Bom Jesus
De estilo barroco-colonial, situa-se na
Praça Getúlio Vargas. Sua construção data do ano de 1836. Junto a essa capela, como
parte integrante do seu patrimônio histórico, um secular cemitério de 1833, o qual
motivou a edificação da capela.
Santuário do Senhor Bom Jesus do Monte
São 14 capelinhas feitas em pedra,
formando uma cruz, algumas com motivos ou decorações portuguesas, construídas pelo
colonizador da região, o imigrante português Bento Luiz da Costa, sendo que a primeira
foi construída em 1935 e a última em 1962. Encontra-se em ampla área verde, totalmente
gramada, equipada com churrasqueiras e possibilitando a prática de atividades de lazer.
Situa-se na localidade de Vieiras, a 35 km da cidade, sendo o acesso feito pela BR 277
(sentido Palmeira-Irati).
Capela de Nossa Senhora das Neves
Mandada construir dentro das linhas de
estilo arquitetônico barroco-colonial por Domingos Ferreira Pinto, o Barão de Guaraúna,
se constitui numa antiga e rústica capelinha de pedra com dois sinos de bronze que datam
do ano de 1861. Situa-se na localidade de Nossa Senhora das Pedras, nos contrafortes da
serra de São Luiz do Purunã, oferecendo churrasqueiras e sanitários, além de algumas
grutas com formações de estalactites. Seu acesso e pela BR 376, distando 40 km da sede
municipal na divisa com Campo Largo.
Praça do Chafariz
Localizada na Rua XV de Novembro, possui
árvores, um antigo chafariz datado de 1876 e a Ponte de "Nhô Salvador"
construída no Império (por volta de 1879) sobre o arroio Monjolo.
Museu Histórico
Criado através da Lei Municipal nº 894 de
15 de agosto de 1977, teve sua inauguração oficial no dia 7 de abril de 1978, data do
aniversário da fundação da cidade. Conta com apreciável acervo relacionado com a
história e a cultura do povo palmeirense.
Situado na área urbana, na Rua Dr. Moisés
Marcondes, acha-se instalado no solar que pertenceu ao Conselheiro Jesuíno Marcondes de
Oliveira e Sá. Por seu incontestável valor histórico está arrolado entre os monumentos
tombados pelo Departamento Histórico e Artístico sob a inscrição nº 24/70, sendo
anteriormente objeto de restauração, devido a sua importância histórica e
arquitetônica, o que fez com que suas principais características, desaparecidas pela
ação do tempo, reassumissem seus lugares originais. No museu, funciona o Departamento de
Cultura e Meio Ambiente - Divisão de Cultura e Turismo. Tel: (042) 3909 5047.
Colônia Witmarsum
A formação da Colônia, em julho de 1951,
no Município de Palmeira, resultou de um movimento colonizador espontâneo, realizado por
reimigrantes menonitas (membros de uma seita religiosa protestante, surgida no século XVI
na Europa, fundamentada na religião e no trabalho) que, anteriormente, se haviam
estabelecido em Santa Catarina. Ocupa uma área de 7800 ha e compreende cinco núcleos de
povoamento, sem denominações e, dispostos em torno de um centro administrativo comercial
e social situado na sede da antiga Fazenda Cancela. A Colônia foi organizada no sistema
de vida comunitária e de terras comunais, porém atualmente, a propriedade é individual,
com lotes rurais de 50 ha em média.
Sua base econômica reside na
agropecuária, desenvolvida sobretudo no setor da pecuária leiteira. Nela encontram-se
ainda um grupo folclórico e um coral que visam manter a tradição cultural; biblioteca,
escola de música, grupo de teatro e o Museu Histórico, inaugurado em 15 de setembro de
1989 instalado na antiga casa-grande da Fazenda Cancela feita em madeira, numa
construção típica da colonização alemã menonita tombada pelo Patrimônio Histórico
com acervo composto de móveis, objetos, fotos e equipamentos das colônias de Santa
Catarina e da própria Witmarsum. Dista cerca 23 km da sede urbana, estando ligada a BR
277 e a BR 376, por uma estrada estadual. Cooperativa Mista Witmarsum Ltda Tel: (042)
254-1147.
Fazendas
Existem diversas fazendas e sítios na zona
rural do município, que apresentam grande importância histórica. Merecem destaque o
Sítio ou Fazenda da Conceição, uma das que mais conservam as caraterísticas de solar
colonial, com edificações de mais de 200 anos em taipa e estuque; a Fazenda da Palmeira
que pertenceu ao fundador da cidade Tenente Manoel José de Araújo; a Fazenda Padre
Inácio, construída pelos carmelitas há quase dois séculos; a Fazenda ou Sítio da
Baronesa, também pertencente aos primitivos povoadores da região e que hoje abriga uma
unidade do Exército (5º DRAM); e a Fazenda Alegrete, com cerca de 180 anos, pertencente
à família Braz Oliveira.
Artesanato, Comida Típica e Folclore
Conhecido por seu aroma e paladar, o vinho
da localidade de Santa Bárbara é fabricado dentro de técnicas artesanais trazidas pelos
imigrantes italianos. Os descendentes desta etnia, principalmente as famílias Mezzadri,
Agottani, Artuzzi, continuam a executar a atividade para que a tradição se mantenha.
Destacam-se também o vinagre e o suco de uva, além de vários tipos de lingüiças,
salames, mortadelas, bolachas, conservas e doces artesanais.
Outro produto que mantém a técnica
artesanal de fabrico é o queijo, onde destaca-se o da família Cherobim.
O folclore se manifesta através da
Colônia Witmarsum onde seu grupo folclórico mantém a dança e a música trazida pelos
imigrantes.
O artesanato é feito empregando-se
material como a madeira, a lã de ovelha, vidro, corda e fios diversos.
Informações
Turísticas
Departamento de Cultura e Meio Ambiente
Praça do Museu, s/n
Tel: (042) 3909-5046 |