Economia
A atividade agropecuária é bastante
expressiva no município, com plantação de soja, milho, feijão, arroz, cenoura, batata,
entre outras e possuindo milhares de propriedades rurais, que se dedicam à criação de
gado leiteiro, suínos e aves. A bacia leiteira da região é considerada a principal do
Brasil em produtividade e qualidade genética com capacidade aproximada de 400.000
litros/dia.
A Sociedade Cooperativa Castrolanda Ltda,
mantém um rebanho de gado Holandês PO e PC com alto padrão genético, além da
produção e comercialização de grãos e sementes, sendo que esta Cooperativa,
juntamente com a CAPAL - Cooperativa Agropecuária Arapoti Ltda e a Cooperativa
Agropecuária Batavo Ltda de Carambeí, fornecem matéria-prima para a Cooperativa Central
de Laticínios do Paraná industrializar os produtos Batavo conhecidos internacionalmente.
Castro também se sobressai na exploração
mineral, com a extração de calcário e talco e na indústria gráfica, moveleira,
alimentícia, de pincéis e fósforos
Sociedade
Em 1855, chegaram ao município imigrantes
alemães e poloneses, fundando as colônias de Terra Nova e Santa Leopoldina. No início
do século, em meados de 1911, chegaram os primeiros holandeses e fundaram a Colônia de
Carambeí, e entre 1951 e 1954, com a vinda de mais 50 famílias, fundaram Castrolanda que
significa Castro e Holanda. Dedicaram-se a industrialização e comercialização dos
produtos de origem animal e vegetal. Os japoneses chegaram em 1958 e impulsionaram a
agricultura através de novas técnicas de plantio e produção. A população do
município está em torno de 70.071 habitantes.
História
O município tem sua história no
tropeirismo. Era ponto obrigatório da passagem das tropas de Viamão, no Rio Grande do
Sul, a Sorocaba, em São Paulo. Os tropeiros pernoitavam às margens do rio Iapó, dando
origem a primeira denominação do local, Pouso do Iapó. Em 1774, foi elevado à
categoria de Freguesia, com a denominação de Freguesia Nova de SantAna do Iapó.
Em 1789 tornou-se Vila Nova de Castro, em homenagem a Martinho Mello e Castro, então
Secretário dos Negócios Ultramarinos, que muito beneficiou o povo da região.
Com o progresso acelerado, ocorreu a
instalação da Comarca, em 1854, não tardando a se tornar Cidade de Castro, no ano de
1857, graças ao empenho do Padre Damaso José Correia junto à Presidência da
Província.
Geografia
Sua área é de aproximadamente 2674 km2,
e situa-se no Primeiro Planalto, estando a 988 m acima do nível do mar. O clima é
subtropical úmido com ocorrência de geadas e ocasionalmente neve. A temperatura média
no verão é de 19,9º C e 12,4º C no inverno. A distância da capital é de 159 km.
Principais
Atrações
Igreja Matriz Nossa Senhora SantAna
A primitiva capela, de barro socado foi
construída por escravos em 1704, em honra a SantAna. Em 1769 foi realizada a
primeira missa, tendo neste ano sofrido uma reforma. O primeiro pároco, Frei de Santa
Teresa de Jesus, chegou dois anos mais tarde em 1771. Passou por diversas outras reformas,
sendo que no ano de 1876 foi totalmente concluída, tomando seu aspecto atual. Um ano
depois foi construída uma das torres e a segunda, anos mais tarde, no período entre 1945
- 1960. Localiza-se na Praça Getúlio Vargas.
Museu do Tropeiro
Criado pelas leis 13/75 e 71/76, a casa
onde foi instalado o museu foi construída no século XVIII pela família Carneiro Lobo.
Sua construção é de estuque, de fiel estilo. Pertenceu ao Padre Damaso, que a comprou
de Francisco de Deos Martins e sua mulher Victoriana Alves de Nunciação. Em 1912, foi
novamente vendida à Balbina Marques Ribas, que deixou por herança a cinco herdeiros. Em
1975, o imóvel pertencia à Leonilda Madureira e foi adquirido, por compra, pela
Prefeitura Municipal sendo submetido a restauração mediante orientação do Serviço do
Patrimônio Histórico do Estado. Seu acervo conta com aproximadamente 400 peças. Além
de retratar a vida do tropeiro, apresenta documentos e objetos históricos, peças sacras,
aferições e artesanato. Está localizado na Praça Dr. Getúlio Vargas.
Colônia de Castrolanda
O crescimento da Cooperativa Batavo em
Carambeí, possibilitou a vinda de novos colonos para o Paraná, sendo que em 1951,
desembarcou no Rio de Janeiro um outro grupo de famílias holandesas. Castro foi o
município escolhido e em 5000 ha, às margens do rio Iapó, foi fundada a Colônia de
Castrolanda, onde os imigrantes construíram estradas, casas além dos estábulos para os
reprodutores bovinos de produção leiteira, o que deu início à Cooperativa Castrolanda,
que se desenvolveu apesar de todos os problemas de doenças, falta de assistência e
dificuldades para adaptação dos imigrantes ao clima.
Para perpetuar as tradições e reviver a
história, a comunidade criou em 1953 o Grupo Folclórico Holandês de Castrolanda,
integrado por jovens descendentes, além do Museu dos Imigrantes, criado em novembro de
1991, uma réplica das primeiras residências construídas pelos pioneiros da região,
deixada transparecer através dos móveis e objetos doados pelas famílias de Castrolanda,
para mostrar este pedaço do Paraná holandês.
No local também são expostos e
comercializados artesanato e souvenirs da colônia e da Holanda. Visitas: sextas-feiras -
14h30 -17h30. ou mediante prévia autorização.
Tel: (042) 243-1233 (Sociedade Cooperativa
Castrolanda).
Casa da Cultura Emilia Erichsen
Neste edifício em 1862 foi fundado o
primeiro jardim de infância do Brasil por Dona Emilia Erichsen. O prédio foi vendido em
01 de agosto de 1905 à Carlos Betenheuser, e posteriormente, em 20 de julho de 1982 foi
adquirido para desmembramento e instalações do BANESTADO. Em 16 de agosto de 1982, parte
do prédio foi doada ao Município, funcionando hoje como a Casa da Cultura. Localiza-se
na Rua Dr. Jorge Xavier da Silva.
Morro do Cristo
Situa-se num dos pontos mais altos de
Castro, e pode ser avistado de todos os lados da cidade e arredores. Sobre ele está uma
estátua do Cristo Redentor e um pequeno parque de diversões. Localizado na Rua Coronel
Olegário de Macedo.
Rio Iapó
Corta o perímetro urbano e permite a
navegabilidade de canoas e lanchas de pequeno porte. Seu leito é sinuoso e bastante
piscoso. Encontra-se a 18 km do centro e, nele está a queda do Pulo.
Saltos
O município possui um potencial hídrico
representativo e de exuberante beleza, com inúmeros saltos, quedas e corredeiras, onde se
destacam a queda do Pulo no rio Iapó, os saltos São João, da Cotia e das Andorinhas e
as corredeiras do rio Guararema.
Prainha - Parque Balneário Dr. Libânio
Estanislau Cardoso
Praia do rio Iapó, no perímetro urbano e
com total infra-estrutura de lazer. É um dos principais balneários fluviais do Paraná
e, tornou-se um ponto turístico e de lazer, com cascata dágua, lanchonete, campos
de futebol, quadra de esporte, churrasqueira, ringue de patinação etc.
Fazenda Capão Alto
A vocação hospitaleira de Castro começou
no século XVIII, quando tropeiros que faziam o caminho Viamão-Sorocaba transportando
gado encontraram às margens do rio Iapó um pouso seguro. É nesta época, 1704, que se
deu a fundação da Fazenda Capão Alto, localizada em terras de sesmaria concedidas a
Pedro Taques de Almeida, seus filhos e genros. Por ocasião da morte do patriarca, os
direitos da vasta concessão de terras passaram a seus descendentes, ficando Timótio
Corrêa de Góes com a gerência das terras localizadas no Capão Alto.
E, 1749, a fazenda foi levada a leilão e
arrematada por José de Góes Moraes que, em 1751 teria feito doação ou venda da mesma,
aos religiosos de Nossa Senhora de Monte Carmelo. Os carmelitas ali permaneceram por mais
de um século como agricultores e criadores de gado. Em meados do século passado os
religiosos deixaram a fazenda em quase completo abandono, sendo que seus inúmeros
escravos passaram a tomar conta, organizando um quilombo ordeiro e pacífico. Dentro de um
sistema de república altamente democrático, os negros do Capão Alto consideravam-se
apenas de Nossa Senhora. Diariamente compareciam à capela, onde oravam, e pediam ordens
da Virgem. Sempre sob sua inspiração elegiam semanalmente um diretor para orientar o
serviço de distribuição de prêmios e sanções, segundo as necessidades. Em 1864, os
"escravos carmelitas" foram vendidos para uma firma de São Paulo, mas quando
seus donos vieram buscá-los, recusaram-se a sair da fazenda. Iniciou-se uma revolta que
só foi dissipada pela intervenção do chefe de polícia de Curitiba.
Em 1870, Bonifácio José Batista, o Barão
de Montecarlo, comprou a fazenda, que foi passando para seus herdeiros até chegar à sua
neta Evangelina Madureira.
Após 1940 esteve em mãos de dois
compradores estranhos à família e em 1979 foi vendida à Cooperativa Central de
Laticínios do Paraná. Suas construções refletem a imagem dos casarões coloniais
típicos das fazendas de café. A casa central foi erguida em taipa de pilão, uma das
únicas do gênero do Paraná, achando-se tombada como patrimônio pelo Estado.
Fazenda Potreiro Grande
A casa sede de uma fazenda de gado toda
construída em pedra é o local aconchegante e rústico onde são recepcionados os
visitantes, admiradores da vida no campo e que podem desfrutar de uma área de 1200 ha,
incluindo matas nativas, trilhas ecológicas, passeios a cavalo, tanques para pescaria e
piscina. Toda a alimentação é preparada com produtos da própria fazenda, como o leite,
o pão, os peixes e os legumes. Distante de Curitiba 142 km, o acesso é feito pela BR 376
até Ponta Grossa, pegando a PR 151 por Alagados até o Distrito de Abapã em Castro.
Reservas Tel: (042) 224-0605 / 972-1396.
Sítio Santa Olívia
Situado no cânion do Guartelá às margens
do rio Iapó possui pousada com acomodações para 12 pessoas, churrasqueiras, trilhas
para passeios a pé e a cavalo em meio a exuberante vegetação. Corredeiras com pequenas
cascatas e subida ao morro de São Francisco são algumas opções de lazer que juntamente
com a pesca das famosas tubaranas ou tabaranas, proporcionam um excelente ambiente para
relax. Existe também um recanto para os esotéricos e místicos exercitarem suas mentes.
Reservas Tel: (042) 232-5042.
Artesanato, Comida Típica e Folclore
O artesanato local é bastante rico e
variado, utilizando como matéria-prima argila, palha de milho, madeira, piri e lã de
carneiro.
O prato típico é o
"Castropeiro", uma homenagem aos tropeiros que colonizaram a cidade de Castro.
Consiste no feijão tropeiro temperado, carne de gado e de porco, quibebe de abóbora,
couve com torresmo acompanhado de pão caseiro.
O folclore manifesta-se através do Grupo
Folclórico de Castrolanda formado em 1952 que visa a apresentação de danças típicas
tradicionais das diversas regiões da Holanda e do CTG Querência Campeira, que revive o
folclore gaúcho.
Informações
Turísticas
Secretaria de Esporte, Turismo e Meio
Ambiente
Praça Pedro Kaled, 22
Tel: (042) 232-4848 - Fax: (042) 232-1750 |