Porto de Cima
Povoado situado ao pé da Serra do Mar, que
teve seu apogeu em decorrência dos engenhos da erva-mate e, nas últimas décadas do
século XVIII, passou a ter grande importância econômica como entreposto comercial entre
o litoral e o planalto. Com o crescimento político e econômico do interior do Paraná no
final do século passado, Porto de Cima chegou a quase desaparecer. Mas guarda vestígios
de seu passado retratado pelas ruínas de engenhos, casarões e calçadas de pedras. Foi
um grande centro cultural, berço de ilustres personalidades paranaenses. Atualmente
possui praia fluvial, área para acampamento e pousada.
Igreja de São Sebastião do Porto de Cima
Devoção de origem portuguesa, esta igreja
foi construída na primeira metade do século XIX e inaugurada em 1850. A arquitetura
externa, com características coloniais, foi bastante modificada e esta rodeada de
edificações do século XIX e início deste. Internamente, sua arquitetura é rica. Foi
tombada e restaurada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1963 e
encontra-se no povoado de Porto de Cima.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto
Dada a obrigatoriedade pela coroa
portuguesa, à prática religiosa na época, Morretes, ressentia-se de uma igreja. Por
esta razão, em 1769 obteve licença do Papa para a construção de uma capela devotada à
Nossa Senhora.
Em meados de 1812, começou a construção
da atual Igreja Matriz, no mesmo local da primitiva capela, num dos pontos mais elevados
da cidade. Numa procissão, em 1849, a imagem de Nossa Senhora do Porto, Padroeira da
Vila, caiu do andor, fazendo-se em pedaços. No mesmo ano, foi encomendada uma imagem
vinda da Bahia, esculpida em madeira, com revestimento de gesso. Inaugurada em 1850,
possui em seu interior uma Via-Sacra a óleo executada pelo famoso pintor morretense
Theodoro de Bona. Em frente a igreja está instalado um sino vindo de Portugal, com o
brasão do Império, fundido no ano de 1854, além de uma cruz que data da passagem do
século e um relógio em sua torre que funciona desde a fundação da igreja. Localiza-se
no Largo da Matriz.
Igreja de São Benedito
Os dados históricos referentes a esta
igreja apresentam controvérsias. Consta como construída por escravos em 1765 ou que a
data de sua fundação foi em 1863, com sua torre edificada somente 53 anos mais tarde, em
1916, por iniciativa do provedor e tesoureiro Capitão Roberto França; ou ainda que foi
inaugurada em 01 de janeiro de 1884 e benta em 7 de setembro do mesmo ano.
Seu estilo é colonial e seu acervo
artístico e histórico ainda permanece bem conservado. É tombada pelo Patrimônio
Histórico e localiza-se na confluência das ruas Conselheiro Sinimbu e Fernando Amaro.
Casa Rocha Pombo
A casa é uma homenagem a Rocha Pombo, que,
nascido em Morretes, tornou-se uma das maiores expressões paranaenses como historiador,
escritor, professor e político.
Suas características arquitetônicas são
simples, em estilo colonial da época dos jesuítas e foi construída em duas frentes, uma
para a cidade e outra para o rio Nhundiaquara. Nela funciona um centro cultural, além de
expor a maquete da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi em escala 1:5000.
Está localizada no Largo Dr. José Pereira, 43. Tel: (041) 462-1207.
Marco Zero
Aos 31 de dezembro de 1733, fixou-se o
Marco Zero desta cidade, quando o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou aos oficiais da
Câmara Municipal da Vila de Paranaguá, que demarcassem 300 braças para delimitação do
município. Localiza-se às margens do rio Nhundiaquara, na Rua General Carneiro.
Estação Ferroviária
Datada de 1885, tem um estilo
arquitetônico de impressionante conservação, sem vestígios de arquitetura moderna, já
sofreu diversas reformas, sendo que hoje possui sanitários, lanchonetes e barracas com
produtos artesanais. Dela, tem-se uma bonita visão das montanhas da Serra do Mar.
Localiza-se na Praça Rocha Pombo.
Rio Nhundiaquara
Em língua indígena nhundi (peixe) e quara
(buraco), o rio serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao
planalto. Anteriormente denominado "Cubatão" era um dos mais auríferos da
região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma.
Uma das mais belas e típicas paisagens
morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e
edificações existentes em suas margens. É navegável em aproximadamente 12 km, e
permite a prática de esportes como canoagem, bóia-cross e pescarias. Como atrações
destacam-se a Ponte Velha sobre o rio no centro da cidade, considerada uma obra de arte
com portais rebuscados, inaugurada em 1912 e recuperada em 1975 pelo DER por ser uma
importante via de comunicação da cidade e por sua importância histórica e turística
no contexto de Morretes; e a localidade denominada Prainhas, onde o rio se espraia,
formando agradável recanto para lazer, com vestígios da histórica trilha do Itupava e
acesso por Porto de Cima.
Cascatinha
Local privilegiado pela natureza, a apenas
5 km da cidade, circundado por um lindo bosque às margens do rio Marumbi. Depois de uma
pequena corredeira, o rio se espraia formando um lago de aproximadamente 10.000 m2,
com profundidade entre 1 e 4 m, sendo um ótimo local para banhos e mergulhos. Um
imponente paredão de pedras acompanha o rio por longo percurso à direita. Possui
infra-estrutura básica de camping, churrasqueiras, sanitários, vestiários e uma
lanchonete. Lá se encontra um dos mais antigos e produtivos engenhos de aguardente.
Acesso pela Rua Marcos Malucelli.
Pico Marumbi
Também conhecido como Olimpo, se destaca
em altura, na cadeia de montanhas denominada conjunto Marumbi. Com 1539 m, é o ponto
preferido para a prática do montanhismo, por proporcionar escaladas em todas as
modalidades e graus de dificuldades. No caminho entre a estação e o pico Marumbi,
situa-se a cascata dos Marumbinistas, uma queda dágua quase vertical, que precipita
de uma altura de aproximadamente 50 m, constituindo-se numa magnífica paisagem, na
passagem obrigatória de todos que rumam em direção ao Marumbi. O pico localiza-se
dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, criado em 1990 com área aproximada de 370 ha.
Área Especial de Interesse Turístico
do Marumbi
Abrange também parte de outros municípios
e, foi criada com o objetivo de disciplinar e controlar a ocupação do solo, proteger os
recursos naturais renováveis, as paisagens, as localidades e os acidentes geográficos
naturais adequados ao repouso e à pratica de atividades recreativas, desportivas ou de
lazer, visando a preservação e a valorização dos elementos naturais e culturais que
compõem a área. Ocupa 66.732 ha, e compreende grande parte da Serra do Mar tombada desde
1986, pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e, uma pequena
porção oriental do Primeiro Planalto. Abriga um elenco de atrações de motivação
turística - ecológica, tais como: Estrada da Graciosa; Estrada de Ferro Paranaguá -
Curitiba; Mananciais da Serra; Caminhos da Graciosa, do Arraial, do Itupava e da
Cachoeira; e parte da represa do Capivari. Algumas atrações podem ser alcançadas pelo
Município de Morretes, como o conjunto Marumbi, os Saltos Redondo e dos Macacos que
formam um seqüência de quatro piscinas naturais além da cachoeira Véu da Noiva, queda
de beleza indescritível formada pelo rio Ipiranga localizada em local de difícil acesso.
Salto dos Macacos
O rio dos Macacos precipita-se de uma
altura de 70 m, sobre uma laje granítica, formando impressionante piscina natural. Em
seguida como um degrau, forma outro salto, o Redondo, com aproximadamente 30 m de queda
livre e 20 m de largura, proporcionando um espetáculo maravilhoso, que pode ser avistado
ao longe, durante a viagem de trem ou litorina. Porém para admirar de perto a beleza
cênica do conjunto, dois são os caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando em
Engenheiro Lange, numa caminhada de 2 a 3 horas, por uma rodovia, num trajeto de 4 km de
carro, entre Porto de Cima e Engenheiro Lange e a partir deste ponto, mais 2 horas de
caminhada.
Estrada da Graciosa
A contínua e progressiva atividade dos
mineradores fez com que estes subissem o leito dos rios que deságuam na baía de
Paranaguá. Desta forma, traçaram os primitivos caminhos para o Primeiro Planalto: o
Itupava, da Graciosa e Arraial.
A Estrada da Graciosa, um percurso diverso
do Caminho da Graciosa, teve sua construção iniciada no Governo do Presidente da
Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, não sabendo-se exatamente quando foram
concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. Partindo da BR 116,
a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer,
com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a
ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos
Jesuítas, em cuja alusão foi construído em 1997 o Portal da Graciosa, projeto do
arquiteto Angel Bernal, executado em pedra e madeira.
Caminhos Coloniais
Os caminhos coloniais, eram a única
ligação entre o litoral e o planalto paranaense, em meados do século XVII. Por eles
subiram os predadores de índios, os faíscadores de ouro e os homens que povoaram os
Campos de Curitiba e os Campos Gerais. Tais caminhos, surgidos espontaneamente de acordo
com a necessidade no início da colonização, hoje são percorridos pelo homem moderno na
volta ao naturalismo, na descoberta de novas formas de lazer, notadamente o turismo
ecológico, que pode ser desenvolvido entre outros, nos caminhos da Graciosa e do Itupava.
Caminho da Graciosa
Teve sua construção em duas etapas: a da
Serra do Mar, entre 1646 e 1653 e até o Atuba, entre 1848 e 1870. A estrada era de uso
dos índios que desciam a serra para mariscar no litoral e depois subiam na época do
pinhão. Em 1653 o caminho foi abandonado, utilizando-se o do Itupava e a abertura
definitiva só foi possível após a Emancipação da Província, em 1872. Neste meio
tempo a estrada foi diversas vezes aberta e abandonada.
Caminho do Itupava
Consta que da trilha original, aberta por
caçadores que perseguiam uma anta desde o alto da serra até Porto de Cima, nasceu este
caminho, por volta de 1625.
Por ela foi feita uma picada facilitando o
acesso de mineiros e caçadores de índios. Uma segunda etapa até a Borda do Campo foi
aberta em 1649 e 1654. Neste ano, era fundada a povoação de Nossa Senhora da Luz quando
então terminou-se o trajeto. Também conhecido como Caminho Real, Caminho da Serra,
Caminho de Morretes, de Curitiba etc. Foi uma das mais importantes e antigas estradas do
Paraná.
Chácara Reomar
Chácara agropecuária, localizada no Morro
Alto na Estrada de Limeira, numa área de 120 alqueires. Possui oito tanques de água
corrente para pescarias no sistema pesque e pague, salão para lanche, sanitário,
árvores frutíferas, pastos, além de cavalos para passeio. Visitas sábados, domingos e
feriados. Tel: (041) 382-3132.
Artesanato, Comida Típica e Folclore
O município é um tradicional produtor de
cachaça, produzida artesanalmente, utilizando-se de velhos alambiques, que fazem a fama
da conhecida pinga morreteana, envelhecida por no mínimo sete anos em tonéis de várias
espécies de madeira, responsáveis pela coloração, aroma e sabor característicos. Por
exemplo, a "JD", de tonalidade amarelada, envelhecida em tonel de madeira de
carvalho nacional. "JD" são iniciais de João Dias, português que trouxe as
primeiras mudas de cana-de-açúcar para o litoral paranaense, estabeleceu-se inicialmente
numa ilha e, após contato com os índios, veio para Morretes, onde instalou o engenho
pioneiro de cana-de-açúcar e aguardente. Ainda famosa, é a pinga de banana. Os
principais alambiques estão na estrada do Anhaia.
A cestaria e o trançado de herança
indígena também são práticas artesanais.
O Barreado também é feito em Morretes e,
segundo especialistas, difere um pouco do preparado em Paranaguá ou em Antonina. O
fandango, reunião de danças chamadas "marcas" em Morretes adquiriu
características próprias, sendo diferente de outras regiões na toada, nas batidas e na
coreografia. Nas festas tradicionais da cidade, é comum dançar-se a Dança das Balainhas
e a do Pau-de-Fita.
Informações
Turísticas
Secretaria de Turismo e Meio Ambiente
Largo Dr.José Pereira, 43
Tel: (041) 462-1207 - Fax: (041) 462-1207 |